No norte do Paraná, a tradicional Rota das Catedrais movimenta a região de Londrina à Maringa, atraindo 1,5 mil ciclistas
Os eventos de cicloturismo no Brasil, que crescem a cada ano, vêm injetando recursos financeiros relevantes nas economias regionais, movimentando a rede hoteleira, a gastronomia, o transporte e o comércio nas localidades. A Rota das Catedrais, no norte paranaense, é um dos exemplos. Além de atrair 1,5 mil atletas para o percurso de 120 km entre Londrina e Maringá, também traz para a região familiares e amigos, ampliando a injeção de recursos na economia das duas cidades.
Na sétima edição, o evento já se consolidou como um dos principais no segmento de mountain bike no país. Realizado tradicionalmente no mês de maio, a Rota em si tem duração de 10 horas entre largada e chegada, mas a estada dos participantes se amplia para todo o final da semana. Além disso, ao finalizarem o percurso, os atletas são recebidos em uma grande arena que atrai a comunidade e movimenta os fornecedores locais.
Para a Diretora de Turismo de Londrina, Hérika Galli, o evento traz benefícios diretos para a economia local ao movimentar setores essenciais do turismo. “Londrina está focada em fortalecer fontes de receita vindas do turismo. Além do evento esportivo em si, os participantes da Rota das Catedrais interagem com os atrativos turísticos locais, com a gastronomia, rede hoteleira e com o comércio, o que amplia a experiência com os ativos que Londrina oferece. Além dos benefícios econômicos, o evento promove um sentido de comunidade entre visitantes e moradores locais, criando laços culturais e sociais que contribuem com a vivência positiva do turismo”, destacou.
Isolene Niedermeyer, Secretária de Aceleração Econômica e Turismo de Maringá, ressalta a Rota das Catedrais como um dos maiores eventos de cicloturismo do Paraná, e que tem se consolidado como uma importante ferramenta de valorização econômica e de projeção nacional da cidade. “O evento promove não apenas o esporte, mas setores estratégicos como gastronomia, hospedagem, comércio e serviços. Mais do que um desafio sobre duas rodas, a Rota das Catedrais representa uma oportunidade de valorização do turismo de experiência e do cicloturismo. A presença de participantes de diversas regiões do Brasil reforça a imagem de Maringá como um destino atrativo, estruturado e acolhedor, alinhado com práticas sustentáveis e com o incentivo à mobilidade ativa”, afirmou.
Neste ano o evento será realizado no dia 24 de maio e destaca o protagonismo que move cada participante, revelando as histórias por traz do pedal. Uma das novidades da edição será a distribuição do chip eletrônico para informações precisas sobre o desempenho individual. A estrutura do evento conta com a presença da Shimano, possibilitando aos ciclistas acionarem o Suporte Neutro para atendimento técnico das bicicletas durante o percurso.
Essa é a 8ª edição do evento, que pretende impulsionar as atividades turísticas, de lazer e de prática esportiva por meio do ciclismo, com ênfase no fortalecimento da regionalização do turismo norte paranaense. “A Rota das Catedrais é um evento que traz muita satisfação em receber novamente no nosso município. Ele já é consagrado em Londrina. Traz consigo o fomento do turismo de uma forma econômica e social, porque a gente movimenta a hotelaria, a gastronomia e o comércio em geral, além de levar o público para conhecer nossos atrativos e divulga nosso nome para outras cidades, divulga Londrina como uma cidade de braços abertos para todos”, disse a diretora de Turismo do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Roberta Zulin.
Sobre o percurso – Nos 120 km de pedalada, os ciclistas passam por igrejas localizadas entre Londrina e Maringá. Profissionais da Guarda Municipal de Londrina (GM) e da Policia Militar do Paraná (PM) acompanham os participantes da largada até o Centro de Eventos de Londrina. Dali em diante, os participantes percorrem as vias do entorno do condomínio Sun Lake Residence, com destino ao patrimônio de Caramuru, e seguem passando por Rolândia, Arapongas, Astorga até chegar em Maringá.
Saindo da Catedral de Londrina, a primeira igrejinha avistada é a Nossa Senhora de Lourdes, localizada na Colônia Lorena, em Cambé, construída há mais de 55 anos. A segunda é a Capela Santo Antônio (que foi construída em madeira em 1955, no patrimônio Caramuru, que faz divisa entre Cambé e Rolândia). A terceira é a Capela São João Batista, considerada uma das mais belas da Rota, e uma réplica de madeira da primeira igreja matriz de Arapongas. Ela foi construída em 1938 e está localizada na comunidade do Campinho, em Arapongas, na estrada para Sabáudia.
A quarta capela é a Nossa Senhora do Monte Carmo, situada no quilômetro 21 da Estrada do Bom Progresso, em Sabáudia. Ela é a primeira capela da descida de paralelepípedos da roda. Foi construída em 1973 e, há alguns anos, passou por uma reforma em que foi construída uma torre, trocado o forro e feita a pintura. A quinta igreja é a Santa Luzia, na Vila Vitória em Sabáudia, e a sexta é a capela Santo Antônio, situada na Vila Progresso, no mesmo município. A Igreja Presbiteriana Pau d’Alho será a sétima igrejinha do caminho e a oitava capela é a Sagrada Família. O percurso termina com a chegada à Catedral Metropolitana de Maringá, chamada Catedral Metropolitana Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
A estruturação, a gestão e a promoção dos atrativos turísticos contidos no Roteiro Turístico Desafio Rotas das Catedrais recebem apoio da Prefeitura de Londrina, por meio da Codel, da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) – que faz a organização do trânsito em torno da Catedral de Londrina – e da Guarda Municipal de Londrina (GM), que ajuda os ‘batedores’ da Polícia Militar. A Rota das Catedrais é um evento promovido desde 2017, mas devido à pandemia as edições de 2020 e 2021 não foram realizadas. Em 6 de junho de 2022, a Rota das Catedrais foi incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Londrina (Lei Municipal nº 13.412).